Folclore brasileiro é abordado no livro de suspense 'Cabeça de Alho'

12/06/2020

Em junho de 2020, a Editora Novo Século publica o livro "Cabeça de Alho", do autor contemporâneo Renato da Fonseca.

Em seu primeiro livro, Renato aborda necessários como o folclore brasileiro, inserindo-o no contexto do submundo sobrenatural do Rio de Janeiro. Este noir fantástico nos apresenta o protagonista Tomas, um especialista em ocultismo, introvertido e solitário. O trabalho de Tomas se resume em negociar favores aos seus clientes com entidades e espíritos, sempre com seu amuleto, uma cabeça de alho - que dá nome à obra.

A história deste suspense começa quando ele fecha um contrato que quebra completamente a sua rotina. Ao aceitar investigar o possível assassinato dos pais de Ana dos Santos, ele se depara com pessoas e criaturas perigosas nesta e na outra matéria, trazendo situações tensas que colocam em prova todas as suas certezas, mesmo que ele queira negá-las.

Neste livro, o real e o além da matéria se misturam, na cidade e na floresta, e se chocam com situações de suspense e surrealismo. Assim é a batalha interna de Tomas, que tenta se impor em meio a uma realidade que sempre dá um jeito de colocá-lo na posição de subalterno.

Renato Fonseca adora pesquisar sobre fatos obscuros e conversar a respeito de coisas estranhas. Nasceu no Rio de Janeiro, em uma família que incentivou sua criatividade desde cedo. Passou a infância correndo, se sujando e colecionando cicatrizes. Terminou a faculdade de design gráfico, depois de trancar e voltar algumas vezes, em virtude da descrença no curso. Foi essa mesma crise com a formação que o levou a buscar alternativas para o desenho industrial. Depois de formar-se em Design Management pelo Instituto Europeo di Design, em Barcelona, Espanha, seus interesses o empurraram para outras áreas da vida, indo de psicologia junguiana a negócios internacionais, passando por escolas iniciáticas e escrita. Durante todo esse tempo, Renato estava trabalhando neste livro, de uma maneira ou de outra. Às vezes discutindo ideias, às vezes escrevendo contos amadores, mas sempre puxando essa conversa para parentes e amigos, interessados ou não. Contudo, foi somente quando sua empresa fechou que finalmente teve coragem para seguir o sonho de longa data.

@STEREOPOPCURITIBA NO INSTAGRAM