Kenni Rogers apresenta o seu livro infantil ''Amigos de Bob'' no III Festival da Palavra, que celebra a amizade e a inclusão

Créd.Robson de Paula
 

O ator, dramaturgo e escritor Kenni Rogers apresenta no próximo dia 13 de setembro, às 12h, no Memorial de Curitiba, dentro da programação do III Festival da Palavra, o seu novo livro infantil, “Amigos de Bob”, obra publicada pela Insigth que tem como protagonista um menino cadeirante e celebra, de forma poética, os encontros, as despedidas e a beleza das amizades que se renovam ao longo da vida.

Formado em Letras e Artes Cênicas, Kenni Rogers tem longa trajetória em rodas de leitura e projetos de incentivo à literatura. Para ele, o livro nasceu do diálogo direto com as crianças. “O livro é um pouco do que elas sempre pedem: histórias nas quais possam se ver. Criamos espaços para que o leitor também participe – contando suas próprias aventuras e registrando seus amigos. É uma provocação: quem são seus amigos? Como você vive suas amizades?”, comenta o autor.

Escrito em caixa alta e com frases curtas, o livro foi pensado para apoiar o processo de alfabetização, tornando a leitura mais acessível para crianças em fase inicial de letramento, além de contemplar cadeirantes e crianças neurodivergentes. “Quis criar uma literatura que dialogasse com o mundo real das crianças de hoje, que não buscam apenas fadas ou monstros, mas também histórias nas quais possam se reconhecer. O Bob é criativo e alegre, e sua deficiência não limita sua imaginação – pelo contrário, amplia suas formas de viver e criar”, reforça Kenni Rogers.

As ilustrações ficaram a cargo de Gustas, que mergulhou no universo do personagem desde os primeiros esboços. “O Bob já começou a nascer no imaginário desde o convite do Kenni. A criação foi muito imersiva: pensamos quem era o Bob, do que ele gostava, como brincava. Optei por fazer tudo manualmente, com materiais que o próprio Bob poderia ter em casa – guache, giz de cera, lápis de cor, papéis variados – para trazer texturas e reforçar a ludicidade do livro”, explica o ilustrador.

O artista destaca ainda a participação da filha, Maitê, no processo criativo. “Mostrava os desenhos para ela e recebia ideias. A capa, por exemplo, traz o Bob com um lápis atrás da orelha porque foi sugestão dela. Alguns quadros no quarto do personagem e até o gatinho da dedicatória também foram desenhados por ela. Foi uma experiência intensa e muito especial”, complementa.

Distribuído gratuitamente em instituições e bibliotecas, Amigos de Bob amplia o direito ao acesso à leitura e à inclusão social. Mais do que um livro, é um convite à diversidade, à imaginação e à construção de vínculos afetivos – lembrando que sempre há espaço para novos amigos.